Em defesa do Desporto escolar

Os delegados ao 7º Congresso do Sindicatos dos Professores do Norte subscreveram o seguinte abaixo-assinado em “Defesa do Desporto Escolar”:

ABAIXO-ASSINADO

EM DEFESA DO DESPORTO ESCOLAR

O Desporto Escolar constitui um instrumento privilegiado na promoção da saúde, na inclusão e integração escolar, na promoção do desporto e cultura desportiva e no combate ao insucesso/abandono escolar. Pelo Desporto Escolar ocorre uma aprendizagem de valores que só se conseguem aprender com a competição saudável que lhe é inerente. Inserido na comunidade escolar, forma para os valores socialmente desejáveis, promovendo o trabalho de equipa, o empenho, a luta pelos objectivos, a alegria e o confronto com as reais capacidades, a procura da vitória (sem medo da derrota) numa perspectiva permanente de superação.

O trabalho desenvolvido com um grupo-equipa do Desporto Escolar é estrutural e conceptualmente idêntico ao que qualquer professor (em qualquer disciplina) realiza com uma turma, desde o número de alunos envolvidos num núcleo (idêntico ao de uma turma), passando por todos os processos pedagógicos e didácticos de preparação, planeamento, programação, realização e avaliação das actividades desenvolvidas. Acresce ainda que os momentos competitivos (“avaliativos”) acontecem aos sábados, exigindo uma enorme disponibilidade dos docentes para as deslocações aos fins-de-semana (com o inerente prejuízo do seu repouso e tempo para a família).

Uma vez que a única diferença significativa reside no facto do Desporto Escolar ser uma valência de extensão do currículo, isto é, de os alunos aderirem de forma voluntária, manifestando o seu desejo de se especializarem numa determinada modalidade, a sua atribuição só faz sentido na componente lectiva, mormente por se basear numa sólida articulação entre a dinâmica do Grupo de Educação Física e as propostas do Clube de Desporto Escolar.

Os professores e educadores abaixo-assinados, delegados ao 7º Congresso dos Professores do Norte, reunidos no dia 25 e 26 de Fevereiro de 2011 em Guimarães, exigem do Ministério da Educação a assumpção das responsabilidades para com o Desporto e, sobretudo, para com as crianças e jovens. A promoção e o desenvolvimento do Desporto Escolar decorre da garantia das condições de trabalho dos profissionais que o dinamizam, pelo que, só faz sentido na componente lectiva, mormente por se basear numa sólida articulação entre a dinâmica do Grupo de Educação Física e as propostas do Clube de Desporto Escolar.

Excrescências

Não sei como classificar a ideia de que as conversas na sala de professores também são relevantes para efeitos de avaliação do desempenho. Terei de refinar os meus comentários, principalmente às segundas-feiras aziagas, não vá ser traído pela minha filiação desportiva. 😉

Mas acreditem ou não, essa ideia não é assim tão… tão peregrina e não deixou o relator que a produziu corar de vergonha. Estou varado!…

É óbvio que o…

Exercício físico faz melhorar resultados a matemática

“[…] ficou demonstrado que a boa forma física é determinante para a boa forma mental e que a prática de exercício deve fazer parte, diariamente, da rotina escolar. Só assim as crianças poderão atingir todo o seu potencial a nível cognitivo.”

Eu sei que a a mostra vale o que vale mas,… ó diabo! Querem ver que ainda vamos ter nos Planos de Matemática um reforço da carga horária de Educação Física?

Descansem os cratenses da nossa praça porque o estudo não foi produzido no ISCTE.

O canudo das TIC

Certificar é, muito provavelmente, a marca registada deste governo. Certifica-se para parecer que se é capaz, certifica-se para exibir competência aos parceiros comunitários e parecer que estamos prontos para os “novos” desafios.

A certificação é a palavra mágica, é o passe para aceder à Europa dos modernaços. E porque se crê que com papas e bolos se enganam os tolos, a desvalorização dos certificados será a consequência mais lógica quando se verificar que o certificado não representa maior qualificação. A paradoxal dissonância entre certificação e competência é, a meu ver, uma consequência das políticas de terra queimada deste governo.

Este intróito vem a propósito da correria labiríntica que tem arrebanhado milhares de professores no Portal das Escolas buscando a Certificação em Competências TIC. Ver para crer…

A escola PlayStation

O primeiro-ministro, José Sócrates, inaugurou, esta sexta-feira, em Murça o que classificou de um exemplo da escola pública (…)
“Estou tão alegre quanto vocês porque eu sonhei com isto há uns anos atrás: sonhei com uma escola com bonitas cores, com moderna arquitectura, sonhei com uma escola com as mais modernas tecnologias, sonhei com numa escola do futuro», partilhou com a assistência.”

Percebem agora o que o primeiro-ministro entende por escola do futuro?

Sócrates fala como um engenheiro. Fala de uma escola de fachada, fala de uma estrutura fixa, fala de um amontoado de tecnologias. Esta é a escola com que sempre sonhou: Uma escola PlayStation.

Percebem agora por que não vale a pena explicar ao primeiro-ministro que as condições em que se a Escola se concretiza, embora mereçam a atenção do Estado, são instrumentais? Gostava que o seu discurso se centrasse nas pessoas, nos alunos, professores e auxiliares. Gostava que o tema central dos discursos fosse a aprendizagem e o ensino.

Atentem como a aprendizagem é arrastada para a sua retórica de circunstância sem se explicar em que medida as aprendizagens serão melhores com edifícios mais… coloridos.

«A isto se chama uma revolução na nossa educação. Porventura há muito quem fale de reestruturação e reforma do Estado pois aqui está uma forma de reformar o Estado: chama-se a isto ter mais eficiência, concentrar os recursos, dar melhor aprendizagem, mas também gastar menos dinheiro», afirmou (José Sócrates).

Não creio que valha a pena esmiuçar o discurso do primeiro-ministro porque se trata de uma mixórdia de lugares-comuns. Mas não consigo deixar de sorrir com a afirmação de que uma forma de reformar o Estado é gastar menos dinheiro.

É que não consigo deixar de pensar na  Parque Escolar quando ouço falar de poupança na Educação Winking smile

Desporto Escolar – Muito perto da estocada final

Quem está fora do sistema de ensino dificilmente poderá imaginar os estragos das políticas de terra queimada forjadas por este governo. Ontem, durante o Corta-Mato Distrital, cruzei-me com dezenas de colegas indefectíveis defensores do Desporto Escolar. O desânimo e a revolta são, muito provavelmente, os dois estados de espírito prevalecentes. E ao contrário do que se poderia pensar, constato que há um prenúncio de abandono desta espécie de missão em que se transformou o Desporto Escolar. Sobretudo os professores mais experientes, que até pareciam imunes ao ostracismo da tutela. Ficarão os novatos, maioritariamente contratados, e aqueles professores que não estão em condições de declinar as horas para preencher um horário.

O Desporto Escolar não morrerá apenas por uma questão de sobrevivência profissional. Mas a estocada parece ter provocado danos irreversíveis na sustentação de um projecto cujo alcance pedagógico não cabe na retórica falaciosa do político aldrabão.

Nos limites da autonomia

Marçal Grilo defende autonomia imediata para escolas do ensino básico e secundário

O antigo ministro defendeu que, “correndo todos os riscos”, deve ser dada “imediatamente autonomia a todos os agrupamentos” de escolas do ensino básico e secundário. Grilo defendeu que é esta “a” medida a tomar.

A autonomia é sempre relativa. Marçal Grilo defende mais autonomia para os agrupamentos mas se pretender ser levado a sério terá de clarificar os limites do conceito.

Defende mais autonomia na contratação dos profissionais?

Defende mais autonomia na definição do currículo?

Defende mais autonomia na gestão do currículo?

Defende mais autonomia na selecção dos alunos?

(…)

“Sou contra grandes reformas. Se me voltam a falar em reformas, desisto”, disse na Gulbenkian, lembrando que já existem as leis necessárias.

Será que existe maior reforma no sistema de ensino do que a descentralização e deslocalização de funções do ME?

Marçal Grilo, desista!

Por qué no te callas, Maria?

“O primeiro-ministro é uma pessoa de invulgar coragem e determinação. E isso tem sido um benefício para o País”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF para o programa ‘Gente que Conta’

A senhora regressou parafraseando um rol de vacuidades. Salvo as devidas distâncias, Hitler foi uma pessoa de invulgar coragem e determinação. E como é evidente, estes dois atributos, que não são fundamentais para se avaliar a marca de um governante, não fizeram dele um benefício para o país.

Por qué no te callas, Maria?

Encontro Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas

Não direi que a montanha pariu um rato porque não esperava qualquer posição de força clara, inequívoca, desprendida…, do encontro de directores que decorreu, hoje, no Porto. Até porque os directores são professores, logo, são feitos da mesma massa. Há de tudo: corajosos, temerosos, videirinhos, cordeirinhos, justos, ponderados, etc., etc.

Alguns dos presentes consideraram ainda que «a força espontânea e autónoma dos professores que contestaram o modelo anterior foi utilizada pelos sindicatos», que acordaram com o Ministério da Educação esta avaliação, com a qual «é impossível produzir resultados justos».

E como não confundo a beira de uma estrada com uma estrada da Beira, não confundo a posição de um grupo de directores ou de um director com a posição do Grupo de directores.

É provável que a crítica saliente na peça jornalística e que aparece truncada seja da exclusiva responsabilidade do editor da notícia. Ouviu e interpretou mal, digo eu.

Os sindicatos acordaram esta avaliação?

Balha-me Deus!…

A minha agenda é melhor do que a tua

Professores preparam regresso aos protestos

Ao mesmo tempo que os sindicatos agendam protestos, na Internet vão-se multiplicando as "sementes de revolta"

Será difícil avaliar o “peso” da blogosfera docente nas tomadas de decisão dos professores. Sabemos que a blogosfera docente cria gigabytes de opiniões que depois são drenadas nas caixas de correio electrónico. É extraordinário o movimento de difusão da informação e da opinião. Se há mais informação, há mais esclarecimento. Logo, há mais possibilidades de acção. A realidade virtual é isso mesmo: uma possibilidade da acção.

Negar ou agigantar o papel da blogosfera na dinâmica da luta são dois erros que exteriorizam a alienação!

Divulgação

TOMADA DE POSIÇÃO DOS PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA INFANTA D. MARIA – COIMBRA – SOBRE A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

Os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria (ESIDM) aprovaram, em 27/10/2008, uma moção em que mostraram o seu “veemente desagrado face ao modelo de avaliação introduzido pelo Decreto Regulamentar N.º 2/2008, de 10 de Janeiro”, tendo decidido por unanimidade “suspender a participação neste processo de avaliação de desempenho até que se proceda a uma revisão concertada do mesmo, que o torne exequível, justo, transparente, ou seja, capaz de contribuir realmente para o fim que supostamente persegue, uma Escola Pública de qualidade.”

Posteriormente, e face a algumas alterações introduzidas pelo Governo, os professores da ESIDM aprovaram em 6/1/2009 uma moção em que consideraram que “as alterações pontuais que foram introduzidas não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes”, mantendo o essencial do modelo. Decidiram, então, manter suspensa a sua participação no processo de avaliação.

Relativamente ao Modelo de Avaliação do Desempenho Docente (ADD) estabelecido no actual Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, os professores da ESIDM consideram que mantém muitas das características negativas do anterior modelo contestado pela esmagadora maioria dos professores a nível nacional.

O Decreto Regulamentar N.º 2/2010 não tem em conta a complexidade da profissão docente, que não é redutível a um modelo burocrático, numa perspectiva limitadora de uma verdadeira ADD.

Este modelo, pela sua excessiva complexidade, implica um grande acréscimo de procedimentos burocráticos para os professores, correndo-se o risco de ficar relegado para um plano secundário todo o trabalho que enriquece verdadeiramente o processo de ensino-aprendizagem.

Não revela um cariz formativo, destinando-se essencialmente a garantir a progressão na carreira (congelada sabe-se lá até quando…), nem promove a melhoria das práticas, não se traduzindo, pois, em qualquer mais valia pessoal e/ou profissional.

Impondo quotas para as menções de Excelente e Muito Bom, desvirtua qualquer perspectiva dos docentes de ver reconhecidos os seus méritos, conhecimentos, competências e investimento na carreira.

Provocará uma conflitualidade acrescida entre docentes, contribuindo, assim, para um indesejável clima de trabalho na comunidade escolar.

A avaliação objectiva, a realizar pelos avaliadores, do grau de consecução dos avaliados não se encontra garantida devido ao excesso de complexidade do modelo relativamente aos domínios e indicadores dos descritores para cada uma das dimensões.

Este modelo é dificilmente exequível também pelo trabalho exigido aos avaliadores que passa pela observação de aulas, apreciação dos relatórios de auto-avaliação e respectivos anexos e evidências, preenchimento das fichas de avaliação global, entrevistas com os avaliados, reunião do júri de avaliação, entre outras tarefas a desenvolver dentro do respectivo horário de trabalho.

Tendo em consideração o que foi referido, os professores da ESIDM abaixo assinados manifestam a sua discordância relativamente ao modelo de avaliação em vigor, exigindo a quem de direito que promova, o mais brevemente possível, uma discussão séria e alargada sobre a avaliação do desempenho docente, com vista a encontrar um modelo consensual, não burocrático, justo, que seja possível aplicar sem causar prejuízos ao normal funcionamento das escolas, visando a melhoria do serviço educativo público, a dignificação do trabalho docente, promovendo, deste modo, uma escola de qualidade.

Coimbra, 31 de Janeiro de 2011

Dar conhecimento a:

Presidente da República

Primeiro-Ministro

Ministra da Educação

Directora Regional de Educação do Centro

Conselho Nacional de Educação

Conselho das Escolas

Comunicação Social

Para que serve a mudança?

Educação: Governo vai gastar menos 439 euros com cada aluno da escola pública em 2011/2012

A colega está a um passo da reforma. Tem idade e tempo de serviço para olhar para a floresta sem se deter demasiado tempo com a árvore; Pode ver para além da sua circunstância as incidências e as tendências políticas. Pode comparar e testemunhar os efeitos da macro-política na organização da escola situada. Mas nem precisava de recorrer à sua memória de longo prazo para apreciar o sentido das mudanças no sistema educativo. Bastavam-lhe seis anos de serviço e alguma capacidade reflexiva para discernir que as regras do ensino e do trabalho dos professores estão a mudar.

Lamentámos que os professores caem nas armadilhas da culpa pressionados pelo “tempo” e pela sobrecarga de tarefas;

Lamentámos que os professores teimem em conservar culturas de ensino individualistas;

Lamentámos que os professores não resistam à diminuição do seu poder discricionário em todos os domínios da sua actividade;

Lamentámos que os professores legitimem o controlo burocrático administrativo que, paradoxalmente, restringe o desenvolvimento profissional.

Não ignoro que estamos num continuado processo de mudança. Mas convém que esse processo de mudança não anule a questão fundamental dos objectivos e da substância de tal mudança.

Presente!

O Luís está coberto de razão: a chave disto tudo é a união. Ninguém pode ficar fora deste combate: Por uma questão de sobrevivência profissional (e só os mais distraídos ousarão pensar que não é nada com eles, que é apenas uma ataque cirúrgico a um ou dois grupos disciplinares) e por uma questão de decência profissional (é obscena a resignação dos professores face ao ataque à Escola Pública).

Já o escrevi noutras ocasiões, quando o ataque ainda era uma espécie de ataque, que é tempo perdido lamber as feridas provocadas pelos desacatos no interior da barricada enquanto o governo insistir nas políticas de terra queimada.

Nem sempre o óbvio é mais fácil de discernir. É preciso despir o olhar de (pre)juízos para corrigir a percepção da realidade. O Luís salientou o óbvio. Eu sugiro que liguemos o “fio terra” para que os desenganos não nos queimem as mãos.

Na escola situada, como sempre, ou na rua, estarei presente!

Divulgação

CENFIPE | Centro de Formação e Inovação dos Profissionais de Educação /Escolas Do Alto Lima e Paredes de Coura

Jornadas, 18 e 19 de Março | Ponte da Barca e Arcos de Valdevez

Nos Labirintos da Sexualidade: Educar Sem Banalizar…

O CENFIPE – Centro de Formação e Inovação dos Profissionais de Educação das Escolas Associadas do Alto Lima e Paredes de Coura leva a efeito, nos próximos dias 18 e 19 de Março, em Ponte da Barca e Arcos de Valdevez respectivamente, umas Jornadas cujo tema central é a Educação Sexual em Contexto Escolar.

Continue reading “Divulgação”

Falar claro

Não direi nada de novo se disser que o linguajar dos diplomas legais é, para um leigo como eu, encriptado. Não me refiro ao uso da gramática do direito que requer as suas próprias ferramentas de análise. Refiro-me à ausência de clareza, a roçar a incongruência, de todo o articulado ou parte dele.

Isto vem a propósito deste email onde a colega tenta descodificar o Dec-Lei nº 18-2011 (Alteração do Currículo – Ensino Básico)

No 3º ciclo, o quadro curricular agora aprovado prevê que todos os anos de escolaridade do 3º ciclo terão 3 tempos para a EF.
Mas já viram o que diz na pp. 663, no anexo III, nas alíneas a) e h)? (o negrito é de minha autoria)

(a) A carga horária semanal refere-se a tempo útil de aula e está organizada em períodos de 45 e 90 minutos de acordo com a opção da escola, assumindo a sua distribuição por anos de escolaridade um carácter indicativo. Em situações justificadas, a escola poderá propor uma diferente organização da carga semanal dos alunos, devendo contudo respeitar os totais por área curricular e ciclo, assim como o máximo global indicado para cada ano de escolaridade.
h) A soma do total da carga horária semanal em períodos de 45 minutos ficciona a disciplina de Educação Física como contendo três períodos de 45 minutos, unicamente para efeitos de soma, dado que nos termos do n.º 3 do artigo 5.º, esta disciplina é obrigatoriamente organizada em períodos de 90 minutos.

Como se interpreta isto?

Esta é a minha opinião: Os alunos terão 2 blocos de 90′ no horário, para que o tempo útil de aula seja de 3 tempos (10′ x 4, para equipar, desequipar e banho).

E esta é a minha inquietação: Nos horários dos professores? Vão estar 3 ou 4 tempos?

Pois…

Um roteiro de luta individual

Sem alinhamentos programados, sem uma agenda partilhada, como ordenar posições para esvaziar este famigerado modelo de avaliação?

Concordo com o Paulo: “Era difícil, se considerarmos os colegas contratados e os que necessitam de observação de aulas para a progressão (vai ser mais regressão, mas enfim)”

É verdade que há casos de traição por parceiros de ocasião. É verdade que a luta desordenada estará condenada ao insucesso porque produzirá um desfecho inócuo. Para contentamento dos snipers da luta, basta o feito individual. Culparam-se os sindicatos pela acção, agora culpam-se agora os sindicatos pela inacção.

É tempo de balanço de uma espécie de plano individual de luta com um roteiro que devia ser coerente: da nomeação de relator ao pedido de aulas observadas; do requerimento para a escusa de relator ao deferimento da escusa de relator; do requerimento para esclarecimento do algoritmo da ADD ao requerimento da anulação do pedido de aulas observadas.

Urge acabar com a farsa!…