O ME decidiu acatar, e bem, uma recomendação do Provedor de Justiça relativa ao regime de acesso à categoria de professor titular.
Se se mantiver a postura habitual desta equipa governativa, pautada na sua acção por critérios economicistas, este acesso fulgurante de bom senso do ME ficará circunscrito a apenas uma situação flagrante de injustiça. E porquê?
Porque os 200 docentes agora promovidos a titulares manter-se-ão no mesmíssimo lugar da carreira: no último escalão onde já se encontravam. Não auferirão por isso nem mais um cêntimo após a nomeação. Aos olhos da opinião pública, o ME dá um sinal de abertura, de sensatez e de equidade. O ME credita politicamente, e a custo zero convém lembrar, uma situação de injustiça que ele próprio criou e que agora repara. É o milagre político da multiplicação do erro: erra muitas vezes para depois corrigir os erros mais baratos.
Há quem lhe chame esperteza saloia, eu prefiro chamar-lhe o milagre da reparação do erro, só quando me armo em politicamente correcto…