Caros colegas.
É aviltante assistir aqui e noutros lugares onde se noticia o diferendo entre professores e o ME ao achincalhar da profissão docente. Estes ataques são, em regra, perpetrados por avençados mais ou menos camuflados de professores. Não interessa agora saber quem paga e porquê. Os motivos são óbvios e fizeram escola no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues. Noto com tristeza que alguns colegas, por ingenuidade ou porque ainda creem que o insulto gratuito pode ser combatido com racionalidade argumentativa, lutam desesperadamente pela defesa da honra da classe exaltando a relevância social da função docente.
Lamento muito desiludir-vos, mas o vosso esforço é inglório para este tipo de gente.
Ser professor não pode esgotar-se no saber ensinar. É preciso estar disponível para aprender e interpretar as circunstâncias que condicionam a aprendizagem. E no caso das redes sociais, face às singularidades do mundo digital, é fundamental separar o trigo do joio; reconhecer e diferenciar uma discussão séria de uma discussão estéril, de soma nula; perceber se estamos a discutir com um canalha avençado ou com um interlocutor que faz assentar as suas posições num quadro de referência diferente do nosso.
Permitam-me uma sugestão básica, mas com resultados inquestionáveis:
Mandem-nos bugiar e passem à frente!
Só para rematar, acabei de me lembrar de um slogan que vem do tempo do PREC e que se adequa perfeitamente ao tempo que vivemos hoje: Unidos venceremos!