Já dei para esse peditório, Paulo!
Uma boa manifestação para ti também…
Já dei para esse peditório, Paulo!
Uma boa manifestação para ti também…
… no programa da TVI sobre os “dinheiros públicos, vícios privados“.
Pornografia em horário nobre?
Balha-me Deus!…
Um amigo meu comprou um frigorífico novo e para se livrar do velho, colocou-o em frente do prédio, no passeio, com o aviso:
“Grátis e a funcionar. Se quiser, pode levar”.
O frigorífico ficou três dias no passeio sem receber um olhar dos passantes.
Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom de mais para ser verdade e mudou o aviso:
“Frigorífico à venda por 50,00 €.
No dia seguinte, tinha sido roubado!
Cuidado! Este tipo de gente vota!
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Ao visitar uma casa para alugar, o meu irmão perguntou à agente imobiliária para que lado era o Norte, porque não queria que o Sol o acordasse todas as manhãs. A agente perguntou: “O sol nasce no Norte?”
Quando o meu irmão lhe explicou que o sol nasce a Nascente (aliás, daí o nome e que há muito tempo que isso acontece!) ela disse: “Eu não estou actualizada a respeito destes assuntos”.
Ela também vota!
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Trabalhei uns anos num centro de atendimento a clientes em Ponta Delgada – Açores. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto.
Eu respondi: “O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.” Ele então perguntou: “Pelo horário de Lisboa ou pelo horário de Ponta Delgada?” Para acabar logo com o assunto, respondi:
“Horário do Brasil.”
Ele vota!
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Um colega e eu estávamos a almoçar no self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falar a respeito das queimaduras de sol que ela tinha, por ter ido de carro para o litoral. Estava num descapotável, por isso, “não pensou que ficasse queimada, pois o carro estava em movimento.”
Ela também vota!
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A minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele. Ela guarda a ferramenta no porta-bagagens!
A minha cunhada também vota!
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Uns amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notámos que as grades tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, comprámos 2 grades. O caixa multiplicou 10% por 2 e fez-nos um desconto de 20%.
Ele também vota!
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Saí com um amigo e vimos uma mulher com uma argola no nariz, ligada a um brinco, por meio de uma corrente. O meu amigo disse:
“Será que a corrente não dá um puxão cada vez que ela vira a cabeça?”
Expliquei-lhe que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independentemente da pessoa virar a cabeça ou não.
O meu amigo também vota!
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Ao chegar de avião, as minhas malas nunca mais apareciam na área de recolha da bagagem. Fui então ao sector da bagagem extraviada e disse à mulher que as minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e disse-me para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos.”Agora diga-me, perguntou ela… o seu avião já chegou?”
Ela também vota!
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À espera de ser atendido numa pizzaria observei um homem a pedir uma pizza para levar. Ele estava sozinho e o empregado perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder: “Corte em 4 pedaços; acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços.”
Isso mesmo, ele também vota!
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O amigo que me enviou o email dizia que “agora é mais fácil entender porque a maioria chega lá.”Devolvi-lhe o comentário dizendo:
Agora é mais fácil perceber por que motivo a Educação é um espaço de luta política. Ao condicionar o acesso à cultura, mais, ao condicionar o tipo de cultura de massas, os políticos sabem muito bem como perpetuar a velha ordem no poder!
Quando apresentei a minha documentação para a merecida reforma na Segurança Social, a senhora que me atendeu, pediu-me o bilhete de identidade para confirmar a minha idade. Procurei e percebi que me esquecera do documento em casa.
– “Vou buscá-la e já cá volto”.
A mulher disse-me:
– “Desabotoe a camisa.”
Abro a camisa, revelo o meu tórax cheio de cabelos grisalhos e ela comenta:
– “Esses cabelos brancos são prova bastante para mim” – e processa o protocolo da reforma, recebendo a documentação.
Quando chego a casa e conto à minha mulher sobre a experiência na Segurança Social, ela disse-me:
– “Devias ter baixado as calças. Ias conseguir uma reforma por invalidez!”
(obrigado pela laracha, Nelson)
Médico doente mental evita julgamento por homicídio e volta a dar consultas
Afinal, é possível viver num país de faz-de-conta!
Aos 11 anos, as crianças portuguesas estão entre as mais baixas e gordas da Europa.
Como o ME não perde tempo, já se fazem notar as medidas de combate ao flagelo: convocou os professores das disciplinas “centrais do currículo”– Português e Matemática – pela via das ACND (Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica).
E esta hein?
Por aqui se vê o estado de alienação em que se encontra o secretário-geral do PS. Ele ainda não percebeu que pode dizer as maiores barbaridades políticas, pode inflectir para o lado que bem lhe apetecer, pode dizer e desdizer-se, pode ter ou não “tento na língua”, que será recebido em aclamação pelos seus apaniguados enquanto estes farejarem o poder.
Se o secretário-geral do PS não é capaz de reconhecer o seu partido, como poderá compreender o país?
Por momentos fui transportado para a história do Vasco Santana (para os mais novatos o homem foi um fantástico actor do velho cinema português) naquela cena em que o alfaiate (António Silva) fazia as contas à fortuna das tias durante uma prova, nas costas de um cliente. A ideia da fortuna fácil pairava na mente do alfaiate como a ideia de sucesso sem esforço paira no imaginário de muitos políticos.
“… e a prova? A prova (dos nove) faz-se já aqui ao lado!”
E a prova às notas dos alunos no exame de Matemática?
Se há motivos para grande apreensão da parte dos responsáveis pelo ME, esses motivos não deveriam ser (creio que não serão) os resultados dos alunos no exame de português. Valter Lemos saberá melhor que ninguém como meter o Rossio na Betesga. O que justificará a apreensão da equipa maravilha do ME será a “missão impossível”: a recuperação da credibilidade, a recuperação da confiança, a criação de um clima de esperança no ensino.
Afinal, qual é o plano?
«Galeria de Ministros» visa dar rosto e reconhecer trabalho desenvolvido
Parece-me bem que se reconheça quem merece ser reconhecido. Parece-me mal que a retórica de excelência não se aplique ao desempenho dos actores políticos. Parece-me mal que 95% de ministros se abeirem da excelência e lhes seja prestado reconhecimento público pelo desempenho político que a “ciência do mérito” (uma inovação deste ME que introduziu as cotas de acesso) contradiz.
Se a cultura da excelência fosse levada a sério, apenas 4 ministros da educação compartilhariam a «Galeria de Ministros». Não avaliando a eficácia das políticas, não considerando os erros da acção e da estratégia, esta iniciativa acaba por ser reduzida a uma “feira de vaidades”. É que para haver coerência entre a retórica e a prática política, a «Galeria de Ministros» teria de visar o reconhecimento do trabalho de excelência que foi desenvolvido por cada um dos ministros da educação. Ora, não é disso que se trata. Ou será que estou demasiado intolerante com os principais responsáveis pelo estado, pretensamente mau, da educação?
Da versão preliminar do relatório de análise dos resultados ao inquérito sobre as condições de exercício da actividade docente realizado pelo grupo parlamentar do BE destaco duas conclusões aparentemente irrefutáveis:
2. Os professores são mal tratados
“A avaliação das condições de trabalho ao nível das infra-estruturas existentes é muito negativa, não só em relação a espaços menos desadequados (como a Sala de Professores e a Biblioteca), mas sim quanto à generalidade dos espaços para realizar trabalho individual na escola.”
Olhemos para este problema no quadro da revisão do código de trabalho e, sobretudo, na ideia de flexibilidade aplicada ao horário de trabalho. E se quisermos ir um pouco mais longe, pensemos na alteração do conteúdo ocupacional dos professores no sentido do incremento das funções de administração e gestão e função de extensão educativa (actividades de custódia), e na desvalorização das funções de docência e de investigação.
O que vemos?
Vemos o professor idealizado pelo professor João Freire e transfigurado no novo ECD [o PGuinote tem publicado alguns excertos desse famigerado estudo].
Desenganem-se meus caros colegas!
A adaptação à mudança que enforma a retórica oficial só tem um significado: se não estão bem com estas condições de trabalho, desamparem a loja: a bem do défice, claro.
Onde é que eu já vi isto? A despropósito, ou talvez não, evoco as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, que comentava a deserção dos médicos do sector público para o sector privado:
“Pedro Nunes afirmou ainda que os hospitais públicos tornaram a sua cultura numa cultura de hospitais privados e que os profissionais de saúde agiram de acordo a oferta de melhores condições económicas.
«Quando resolveram que os hospitais públicos passavam a ter uma cultura de hospitais privados, começando a brincar à gestão dos hospitais públicos e retirando aquilo que apegava os profissionais ao hospital público que eram as suas carreiras».
O bastonário disse ainda que desta forma se colocou a «ênfase unicamente na produtividade» e que evidentemente «os próprios profissionais reagiram a essa mudança cultural e tenderam naturalmente a ir para onde lhes davam melhores condições económicas». (TSF)
José Sócrates reeleito em Atenas vice-presidente da Internacional Socialista.
O único facto que importa registar é que ser socialista não é condição necessária para ser dirigente da Internacional Socialista.
“Ministério considera “ideia interessante” ensinar história das religiões na escola pública.
Proposta foi feita à Comissão da Liberdade Religiosa pelo patriarca de Lisboa e pela maçonaria“O Ministério da Educação considera a possibilidade de uma disciplina de história comparada das religiões uma “ideia interessante”. A ideia foi avançada segunda e terça-feira no colóquio internacional sobre as religiões e a paz, promovido pela Comissão da Liberdade Religiosa (CLR).” (Público – edição impressa 29-06-08)
Qual o período de vigência de um plano de estudos? Como se faz um programa de uma disciplina? Quem define os conteúdos curriculares? Com que critérios? A que lógicas obedecem? Deve ou não haver articulação curricular? Se deve haver articulação articular, quem tem a responsabilidade de articular os curricula?…
– Ambrósio, apetece-me algo.
– Uma nova disciplina, senhora?
Começo a ficar seriamente preocupado com as consequências de curto e médio prazo de um pretenso [retiro o pretenso porque a SPM e a SPQ são instituições credíveis] abaixamento de nível de dificuldade nas provas de exame.
Hummm… a despropósito… ou talvez não: Como irá reagir o mercado das explicações?
O que vem mesmo, mesmo, mesmo a propósito é o alho porro :))
“Esta é do DN de hoje, 15-06-2008.
É mesmo de bradar aos céus. Então eu que pago regular e atempadamente as minhas contas de electricidade vou ter de pagar AINDA MAIS porque há aqueles que não pagam a a querida EDP não pode ficar sem a guita?
Esta não lembra ao diabo!
E quando as empresas XYZ passarem a apresentar nas facturas os custos daqueles clientes que não lhes pagam as ditas aos que lhe pagam?
Mas afinal de contas o mercado é só todo bom, não tem riscos?
E sou eu que tenho de arcar com os riscos da iniciativa dos outros?
É muito lindo dizer que o mercado é que é o verdadeiro regulador, mas quando surge o lado negro desse bondoso regulador o Estado e a sociedade que pague pois o capital não pode correr riscos.
Neste país foi sempre assim – o capitalista só arrisca à sombra do chapéu protector do Estado!
Os custos com as dívidas incobráveis da electricidade vão passar a ser pagos por todos os consumidores. Hoje, é a EDP Serviço Universal que assume os encargos totais dessas dívidas. Mas a proposta da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) para o próximo período regulatório de 2009/11 prevê que os encargos com esses compromissos passem a ser partilhados com os consumidores de electricidade a partir do próximo ano, nas tarifas de electricidade.”
*IN: (O Reino da Macacada)
Há que reconhecer a minha ignorância: alguém me poderá ajudar a compreender o que perdem os cidadãos europeus com o definhamento do Tratado de Lisboa?
Eu já percebi o que perde o nosso primeiro-ministro, e pude perceber que os interesses pessoais do primeiro-ministro não podem ser confundidos com os interesses do país. É para mim claro que o país pode ganhar quando o primeiro-ministro perde. O Dr. Durão Barroso demonstrou precisamente o contrário: que o país pode perder quando um primeiro-ministro ganha. Ora, por todas as razões que desconheço e principalmente por esta dúvida basilar, conviria que o debate sobre esta matéria fosse amplo e esclarecedor sobre o que está verdadeiramente em jogo.
Que o Não irlandês leve os “eurocratas” a arrepiar caminho!
Comentário: A política de bordel pode ser uma excelente paródia! E não é que me apetece perguntar: Eu sou castanho? E puxo carroça?
“É fundamental para a minha carreira política“
O primeiro-ministro, José Sócrates, admitiu que o êxito do Tratado de Lisboa, hoje a ser referendado na Irlanda, “é fundamental” para o Governo e para a sua carreira política. [SIC]
O mesmo estilo, a mesma verborreia: o que diferencia José Sócrates de Pedro Santana Lopes?
“Estado gastou 485 milhões em negócio que valia um quinto.
[…] O Estado está a pagar por uma rede de comunicações do Ministério da Administração Interna um total de 485,5 milhões de euros, cinco vezes mais do que poderia ter gasto se tivesse optado por outro modelo técnico e financeiro. A conclusão vem num relatório escrito em Maio de 2001 pelo primeiro grupo de trabalho que estudou a estrutura desta rede de comunicações e a baptizou de Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Este sistema permitirá aos elementos das várias forças de segurança, dos serviços de informação, da emergência médica e da protecção civil comunicarem entre si.
O presidente desse grupo de trabalho, Almiro de Oliveira – um especialista em sistemas e tecnologias da informação com mais de 30 anos de docência universitária -, não consegue encontrar justificação para a discrepância de números, até porque o equipamento que foi adjudicado tem quase as mesmas funcionalidades do que aquele que idealizou. […]” [Público, 2/6/08]
Notícias deste teor têm um efeito devastador: destrói a retórica do rigor e da exigência.
Artigo 63º.
Prémio de desempenho
1—O docente do quadro em efectividade de serviço docente tem direito a um prémio pecuniário de desempenho, a abonar numa única prestação, por cada duas avaliações de desempenho consecutivas com menção qualitativa igual ou superior a Muito bom, de montante a fixar por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da educação.
2—O prémio de desempenho a que se refere o número anterior é processado e pago numa única prestação no final do ano em que se verifique a aquisição deste direito.
3—A concessão do prémio é promovida oficiosamente pela respectiva escola ou agrupamento nos 30 dias após o termo do período de atribuição da avaliação.
O Blog Horários Escolares desvaloriza os “putativos benefícios das menções de Excelente e de Muito Bom” (via Ramiro Marques) analisado o artº 48 do ECD. Atendendo à forma justa e séria como o ME tem conduzido as negociações com os representantes de professores, é expectável que a regulamentação do Artigo 63º do ECD augure uma espécie de… Jackpot.
Já estou aqui que nem me aguento com tamanha ansiedade.
Hummm… acabo de me ligar à blogosfera e apercebo-me que não dei a importância devida a uma dada cartilha expressamente fabricada para putativos avaliadores de professores.
Terei perdido algo de um filme Fatal?
Há muitos espaços de intervenção nas escolas. (MLR no programa Cartas na Mesa da TVI.)
Depois de criar um conjunto de iniciativas políticas que provocaram a intensificação do trabalho docente recheado de tarefas administrativas, de ter afastado mais de 2/3 dos professores das funções de coordenação e de limitar a participação dos professores na eleição dos seus representantes (cf. novo diploma de gestão escolar centralista), é de uma ironia a resvalar para a provocação afirmar que “há muitos espaços de intervenção nas escolas”.
Presumo que esse espaço seja a sala de aula? Ou não?
Com a sobrecarga de trabalho acabei por não perceber: afinal já passaram 30 dias.
Confesso que ainda pensei que se tratava de um trocadilho…