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Já aqui fizera referência à esotérica intervenção de Valente de Oliveira (VO) no programa televisivo “Plano Inclinado”. Hoje, o seu homónimo Guilherme publica um texto no Público que designou “O princípio do fim do eduquês?” que é uma pretensa resposta a um artigo escrito no mesmo jornal pelo professor Daniel Sampaio no qual se regozija por ter encontrado um novo aliado para a sua luta contra um inimigo sem rosto – o eduquês.
Esta batalha protagonizada por Valente de Oliveira e outros teóricos “cratezes” atinge contornos surrealistas, porque estes intelectuais se deixaram enredar numa teia de conceitos e pré conceitos avulsos, que denunciam um problema: a qualidade no (sistema de) ensino, ou a falta dela.
Como se trata de uma lógica maniqueísta, basta dizer que uma determinada ideia de escola é promotora do facilitismo para se atribuir ao criador, inquisitoriamente, o epíteto de eduquês. O problema é que a cartilha é liberal ao ponto de se poder virar o feitiço contra o feiticeiro e o algoz acabar por se transformar, num ápice, na própria vítima, a não ser que exista uma consonância absoluta entre os auto-designados anti-eduqueses.
Quantas características de um mau ensino e de uma má escola são aceitáveis para nos livrarmos desse epíteto?
Será que eu, porque considero os exames nacionais uma falácia, não só por razões que se prendem com a fiabilidade dos mesmos mas também por considerar que os exames enformam e deformam o ensino (porque não garantem aprendizagens duradoiras e significativas), posso ser apelidado de eduquês?
Mas é um facto que sempre estive, e não me faltam evidências para o demonstrar, ao lado dos professores, logo, promovo condições para um ensino de qualidade. Será que esta característica me deve transportar para o purgatório dos anti-eduqueses?
Bem… o melhor é eleger Valente de Oliveira a provedor do anti-eduquês e esperar que ele me absolva! Valha-me Deus…
Adenda: Agradeço ao Paulo Prudêncio a chamada de atenção (cf. caixa de comentários). Confundi os dois Valentes embora, coincidência ou talvez não, os dois façam parte da escola “anti-eduquesa”. Meia culpa pelo erro e, em vez de um, proponho dois provedores do anti-eduquês. Irei modificar o título deste texto mantendo o conteúdo do mesmo.