Raiva

A minha intermitência neste blogue ocorre no preciso momento em que mais preciso dele: As notícias diárias na imprensa vão exibindo, paulatinamente, as verdadeiras intenções do governo em destruir a escola pública (como o referencial de qualidade do serviço educativo), o desinvestimento na educação, repetidas tentativas do governo em desqualificar os professores, cada vez mais reduzidos a meros operários acríticos.

O meu tempo subjetivo desviou-me deste espaço. O voluntariado a que me dediquei absorve-me completamente, guilhotinando-me outras causas.

A estória mal contada de alienar a escola pública a grupos económicos de privados, repetindo na educação o exemplo da saúde, é um atentado à inteligência de qualquer pessoa de bem. A raiva é um sentimento benigno se resultar da defesa da nossa sanidade. É o caso!

Sinto raiva! Não do Paulo Portas e da quadrilha que nos desgoverna. Desses, sinto asco! Sinto raiva daqueles colegas, professores, que conivente e acriticamente legitimam estas políticas evocando o chavão de que são todos iguais!

Vão dar banho ao cão!

2 thoughts on “Raiva

  1. Olá Miguel. Que gosto em voltar a ver aqui expressos os teus escritos. Eu sabia que a falta de tempo te impedia de escreveres aqui regularmente. Tenta arranjar uns minutos para manter este blog em dia. Nós gostamos de por cá passar e ver as tuas ideias aqui vertidas.
    Realmente estes indivíduos que nos (des)governam – ao povo em geral – e que bem se governam – a eles e aos poderosos – têm uma agenda de privatização da Educação. Para isso usam todas as tácticas, por mais sujas que sejam. Só todos aqueles que sabem a importância da Educação Pública – professores em geral, pais, movimentos sociais e políticos – é que podem e devem constituir-se como um dique em defesa da Escola Pública e contra as privatizações anunciadas e generosamente financiadas (é só ver que o orçamento de estado, enquanto há cortes para a Edu pública, há reforço de verbas para os contratos de associação com o privado).

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