
Há dias o Pedro falou ao país. Percebendo a indiferença dos portugueses, abrigou-se numa rede social para se lamechar aos seus amigos… Triste figura!
O espetáculo tomou conta do nosso quotidiano. Agregado aos órgãos de comunicação social, o espetáculo disfarça a fraca política. É incontornável a incursão mediática sobre as mais diversas manifestações humanas e não adianta carpir mágoas suspirando por um tempo de estadistas. É a lógica imediatista, consumista e vertiginosa, que ordena o quadro valorativo deste tempo. É o tempo dos clichés. É o tempo do efémero! Lamentavelmente, a escola acaba por projetar este tempo…
9 anos na blogosfera e não se vislumbra um sinal de esperança e de mudança, Sophia?…
Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.
Sophia de Mello Breyner
in Mar Novo (1958)