Raiva

A minha intermitência neste blogue ocorre no preciso momento em que mais preciso dele: As notícias diárias na imprensa vão exibindo, paulatinamente, as verdadeiras intenções do governo em destruir a escola pública (como o referencial de qualidade do serviço educativo), o desinvestimento na educação, repetidas tentativas do governo em desqualificar os professores, cada vez mais reduzidos a meros operários acríticos.

O meu tempo subjetivo desviou-me deste espaço. O voluntariado a que me dediquei absorve-me completamente, guilhotinando-me outras causas.

A estória mal contada de alienar a escola pública a grupos económicos de privados, repetindo na educação o exemplo da saúde, é um atentado à inteligência de qualquer pessoa de bem. A raiva é um sentimento benigno se resultar da defesa da nossa sanidade. É o caso!

Sinto raiva! Não do Paulo Portas e da quadrilha que nos desgoverna. Desses, sinto asco! Sinto raiva daqueles colegas, professores, que conivente e acriticamente legitimam estas políticas evocando o chavão de que são todos iguais!

Vão dar banho ao cão!