Engrossa a lista dos sabichões do economês.

silva lopes1Silva Lopes até começou bem a sua intervenção: As “reformas tem de ser cortadas pelo menos tanto como nos salários”, afirmou o economista, lembrando que é pensionista. Só que depois veio o descalabro, ao dizer que o acordo com os professores custou 400 milhões de euros. Uma mentira, como se sabe. Quando se fala do que não se sabe, com desfaçatez e pretensiosismo, perde-se credibilidade.

E aos poucos e poucos vou assistindo incrédulo ao engrossamento da lista dos arautos da desgraça e sabichões do economês. Tal como acontecera com o tipo jornaleiro armado em opinador de elite, e que até me custa pronunciar o seu nome, Silva Lopes ficou invisível.

Crepúsculo do dever

“A dualização das democracias não designa apenas o regresso da grande pobreza, os mecanismos da precarização e de marginalização sociais; ela significa a acentuação de duas lógicas antinómicas do individualismo. De um lado, o individualismo ligado às regras morais, à equidade, ao futuro; do outro, o individualismo do cada um por si e do “depois de mim, o dilúvio”; ou seja, em termos éticos, individualismo responsável contra o individualismo irresponsável.

O que fazer?

Fazer recuar o individualismo irresponsável, redefinir as condições políticas, sociais, empresariais, escolares, capazes de fazer progredir o individualismo responsável – não existe tarefa mais crucial.” (Lipovetsky, G.)