É assim tão absurda a hipótese que correlaciona os maus resultados dos alunos portugueses, em estudos internacionais, nas disciplinas de Matemática e de Português com o fenómeno de sobretreino?
Isto vem a propósito de uma história verídica que, a meu ver, atesta um dos efeitos perversos do mercado das explicações. Eu dou uma pista: Enquanto o “explicador” avança na matéria sem ter em conta o ritmo do trabalho escolar, o professor na turma debate-se com o problema de intervenções despropositadas de alunos explicandos iluminados, que se podem dar ao luxo de relaxar nas aulas e perturbar o trabalho dos seus colegas que trabalham em exclusividade na escola.
Antes de incrementar a carga horária a Matemática e Português não seria mais sensato determinar as causas de um eventual desinvestimento dos alunos?