O que fazer com os movimentos?

Terminado o ciclo tenebroso da educação portuguesa (espero eu), há que fazer contas à vida. Os movimentos de professores foram excelentes catalisadores da luta durante este período e a questão que o Ramiro coloca é pertinente: O que fazer com os movimentos? Nada, criar um sindicato verdadeiramente independente dos partidos ou uma ordem?

Das hipóteses que o Ramiro enunciou falta a hipótese da dissolução dos movimentos. Presume-se que o vírus da educação terá sido exterminado e que os movimentos podem regressar a um estado de latência… vigilante.

A segunda hipótese – o nada fazer com eles – admite-se que se mantêm as mesmas lógicas de mobilização, os mesmos meios, os mesmos actores. Convenhamos que isso implicaria um esforço insuportável para os seus líderes e os meios são finitos como se sabe.

A terceira hipótese – a criação de um sindicato – aponta-se para a pluralidade sindical. Hummm… se os movimentos não foram capazes de constituir um único movimento, se o máximo consenso dos movimentos é o acerto de uma data para uma acção de luta, é altamente improvável que se juntem para formar um sindicato. Além das dificuldades endógenas ainda temos o problema da fragmentação sindical: mais um sindicato? Se o motivo para um novo sindicato é a pretensa independência partidária há sempre sindicato já constituído que emergiu pelos mesmos motivos. E oferta não falta: há oferta para todas as sensibilidades.

A quarta hipótese – a criação de uma Ordem. Criar uma Ordem significa impor uma ordem. Fartos de prescrições, de mandos e desmandos, os professores portugueses precisam de sossego. Poupem-nos, por favor.

14 thoughts on “O que fazer com os movimentos?

  1. Acho imensa piada a este post, neste blogue. Não quero abrir polémicas, longe disso, mas acho piada à única solução realmente possível e até a mais natural, para o autor do post: a dissolução dos movimentos! Ehehehehehe, sinceramente, fez-me rir. Desde logo por falar dos movimentos como se fossem coisa sua, algo de que pode dispôr e tratar assim como um “usa e deita fora”, algo descartável. Acho piada não por ter ficado espantado, até já esperava algo assim, e muito mais virá nos próximos tempos de diversas origens, mas, continuando, acho piada por ver alguém que não conheço, que nunca encontrei no terreno da luta (provavelmente desencontros apenas, ou distracção minha, ou elitismo do autor, ou falta de humildade minha), dar tantos palpites sobre algo que só conhece de longe e muito, mas mesmo muito, mal. O curioso é que até já sabe mais do que nós, que estamos por dentro.

    Escreve então o autor do blogue:
    ” se os movimentos não foram capazes de constituir um único movimento, se o máximo consenso dos movimentos é o acerto de uma data para uma acção de luta, é altamente improvável que se juntem para formar um sindicato.”

    Fabuloso! Pelos vistos o autor do blogue nunca leu o “Compromisso Educação” para poder dizer que só nos entendemos na escolha de uma data para uma manifestação (o que aliás revela bem o tom rasteiro e provocatório deste post, em linha com outros, que bem recordo, por exemplo, aquando de outras manifestações organizadas pelos movimentos), provavelmente desconhece a quantidade de reuniões que fizemos e os acordos que tivemos, certamente ignora também o número de vezes que na AR apresentámos a uma voz as nossas exigências e reivindicações aos diversos grupos parlamentares, enfim, seguramente não sabe os motivos que levaram (e levam) a não ter havido uma fusão dos movimentos. A razão é simples e muito concordante entre nós: temos características diferentes e é a partir da nossa diversidade, que gostamos de manter, que potenciamos sinergias resultando daí, no nosso entender, uma maior dinamização e reforço da luta.

    Quanto ao resto do post… criação de sindicatos, ordens, etc… remeto-o para o que escrevi no ProfAvaliação, de onde “surfei” para aqui… em boa hora, pois é sempre bom saber que os “amigos” de sempre continuam por aí, sempre prontos para nos ajudar… nem que seja na “eutanásia”. Risos, realmente, está giro o post, sim senhor.

    Ahhh, de repente lembrei-me e fui procurar no blogue alguma referência à manifestação de 19 de Setembro… nada de nada…, nem antes, nem durante, nem depois, e surge-me uma dúvida: para quê propôr a dissolução dos movimentos, se eles afinal nem sequer existem para o autor deste post?

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      1. O Ricardo anda exausto de tanta luta e de tanto esforço e resolveu descarregar em cima de quem, mesmo que ao de leve, o critique ou critique o que se passou… 😛

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      2. 🙂 Boa tentativa de fugir ao naco central da prosa! Parabéns pelo esforço.

        Mas eu insisto no essencial e transcrevo:
        “Hummm… se os movimentos não foram capazes de constituir um único movimento, se o máximo consenso dos movimentos é o acerto de uma data para uma acção de luta, é altamente improvável que se juntem para formar um sindicato.”
        Devo esclarecer o Miguel que eu até sou bom rapaz e tal, mas não levo desaforos para casa. Desculpem lá o mau jeito. E a resposta está dada em cima.

        Quanto à dissolução dos movimentos, ela até pode acontecer, seria um excelente sinal, sinal de que tudo estaria bem. E a verdade é que nós não somos profissionais da luta, isso é claro. Creio que amanhã sairá alguma coisa no jornal Público, onde precisamente faço algumas declarações a esse propósito.

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        1. Ou estou lerdo de todo ou há qualquer coisa que me escapa, Ricardo.

          1º Não encontro nada no meu texto que vise alguém em particular. Sentiste-te visado e dizes que não levas desaforos para casa. Fantástico: Lanças os foguetes e ainda apanhas as canas. Se observares atentamente o meu texto eu limito-me a elencar um conjunto de hipóteses acerca do destino dos movimentos, respondendo a um desafio do Ramiro. Podes considerar absurdas as minhas hipóteses face ao conhecimento que tens, mais ou menos factual, sobre o assunto. Muito bem. Só que esperava que refutasses os meus comentários acrescentando novos dados. Mas não. Adoptaste uma atitude reaccionária de intolerância à opinião alheia do tipo: só deve opinar quem sabe do assunto. E como só tu e os teus colegas dos movimentos é que sabem do assunto, sobre o que fazer aos movimentos, mais ninguém se deve pronunciar… Será que entendi mal? Valha-me Deus.

          2º Ao contrário do que insinuas, eu não fujo à discussão sobre os movimentos de professores. Como observador externo e desinteressado no destino dos movimentos (a não ser que esse destino se cruze com o meu – se coisa desembocar numa ordem, por exemplo) desejo que os colegas que os alimentam sejam bastante felizes e que decidam o seu futuro colectivo como bem entenderem. Claro que eu por cá continuarei a opinar sobre o que me ocorrer e quando me apetecer. Foi precisamente para isso que criei este blogue num tempo em que os espermatozóides dos movimentos procuravam um óvulo.

          3º Nem sempre estou de acordo com a estratégia, com a táctica ou com as formas da luta. Não só dos movimentos como das organizações sindicais. Mas quem me conhece sabe que nutro uma admiração profunda por aqueles que se batem pelas suas ideias, por aqueles que arriscam, pelos inconformados (a esmagadora maioria de professores anónimos que fazem a luta nas escolas). Não catalogo os lutadores pelas entrevistas que dão aos jornais, pelas faixas que fabricaram ou que seguraram, pelas manifestações que fizeram ou pelas visitas que recebem nos seus blogues. Isso é um critério socratino que me recuso a aceitar. Para mim todos somos importantes. O argumento da autoridade na luta sabe a papel de música…

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          1. Miguel,
            Realmente o teu texto não visa ninguém em particular, visa todos em geral, o que agrava mais as coisas. Até aí se nota algum entorse de carácter. E não me faças recuar no tempo, porque sou capaz de te mostrar, sem sair deste blogue, outros exemplos de um claro posicionamento anti-movimentos, por isso te peço que não tentes insultar a minha inteligência. Talvez fosse mesmo mais correcto assumires, previamente, uma declaração de interesses quando falares dos movimentos. És pela sua dissolução, ponto final! Fica registado. A “malta” agradece a atenção!

            Quanto à substância, eu considero que toda a gente pode e deve falar do que quiser, não sou nada intolerante nem reaccionário, aliás uma das coisas que mais me irrita em certos sindicalistas é que não admitem uma crítica, dizendo sempre que “quem está fora não racha lenha”, que quem mudar ou melhorar deve fazer a luta por dentro. Discordo em absoluto, acho que somos professores e podemos falar da realidade que nos cerca, sem pedir licença, apenas no uso da nossa liberdade de expressão! Mas… mas… outra coisa bem diferente foi o que escreveste em certas passagens do teu texto e aí, desde que me envolva, directa ou indirectamente, exijo total respeito! A liberdade de escrever deve ter a fronteira ética do respeito pelo(s) outro(s). Podem falar do que quiserem e criticarem o que entenderem, mas não posso admitir, em silêncio, que faltem ao respeito e façam julgamentos ou juízos de valor torpes e injustos sobre os movimentos de professores! E vou voltar a transcrever a passagem da tua verborreia anti-movimentos:

            “Hummm… se os movimentos não foram capazes de constituir um único movimento, se o máximo consenso dos movimentos é o acerto de uma data para uma acção de luta, é altamente improvável que se juntem para formar um sindicato.”

            Este tipo de consideração constitui, no meu entender UMA FALTA DE RESPEITO! E por isso reajo! Quanto a uma eventual dissolução dos movimentos… esclareça-se bem o que eu quis dizer: ela até pode acontecer, mas será por opção nossa e não por palpites de fora, sobretudo de quem não nos respeita! Ainda quanto a faltas de respeito, há na tua resposta anterior, mais uma ou outra atoarda, que mostra bem uma atitude sobranceira e desrespeitosa, até com um baixar de nível absolutamente lamentável, que me dispenso sequer de citar, pois vou evitar descer a esse patamar da lama, respondendo-te apenas que… espermatozóides por espermatozóides antes aqueles que fecundam alguma coisa, no que a à luta diz respeito. A humildade que aqui usei foi ao nível da que usaste inicialmente! Olho por olho…

            Quanto a mim e às “bocas” sobre os lutadores das entrevistas, das faixas, das manifestações (no fundo, tiradas mais ou menos veladas sobre protagonismos ou vedetismos), devo dizer-te que, mais uma vez, não sabes do que falas e desconheces INTEIRAMENTE o meu percurso nesta luta. E entras de novo no terreno do insulto pessoal. E sabes porquê? Porque sou professor numa escola, a D. Carlos I, em Sintra, onde o processo estava para lá de adiantado e o Conselho Pedagógico e a Direcção (super adesivos), queriam à viva força impor a diarreia legislativa deste ME, tendo sido nós (um punhado de colegas, onde me incluo) que, com muita tenacidade, muita coragem, fomos agindo, obrigando mesmo a realização de dramáticas RGE’s, com tomadas de posição de departamentos, reuniões de colegas contestatários, elaboração de documentos diversos para suspender o processo de avaliação, deslocações às Caldas onde viria a nascer a APEDE (na qual nos envolvemos directamente – núcleo fundador de Sintra “Defende a Profissão”), participação com um grupo de 50 ou 60 professores, no 8 de Março, e por aí fora, fomos capazes de inverter todo o processo e fazer da D. Carlos I, uma das escolas mais emblemáticas neste processo de luta. Uma escola onde largas dezenas de professores não entregaram OI, uma escola onde apenas 2 professores pediram o complex, uma escola onde mudou tudo, desde o Pedagógico à direcção executiva, uma escola onde as faixas das manifs são penduradas na sala de professores 2 dias antes (provocando até alguma asfixia cívica aos colegas mais adesivos), uma escola onde se organizou o único debate com os cabeças de lista às eleições do SPGL, uma escola onde há um núcleo fantástico de colegas resistentes (e muitos deles pertencem aos orgãos sociais da APEDE e estiveram a dar suporte à manif de dia 19), uma escola onde o prazo para entrega da auto-avaliação foi esticado para final de Outubro de 2009 tentando ao máximo que um novo governo suspenda isto tudo, sendo que vários colegas não irão entregar sequer a ficha de auto-avaliação (eu até já o declarei publicamente), uma escola onde há intervenções de denúncia do novo concurso para titulares em plena reunião geral de professores de início de ano, uma escola onde se CONSTRUÍU o palco do 15 de Novembro e do 24 de Janeiro, (sim, comprámos as madeiras e fizemos o palco), uma escola que foi a cabeça dessa manifestação, uma escola de onde somos capazes de arrancar para ir, propositadamente, dar um abraço aos colegas de Sto Onofre, uma escola de luta, uma escola que é um exemplo de resistência e de resistência na base! E onde há e continua a haver titulares que afirmam sê-lo e com muito gosto! Uma escola onde, por isso também, dá gosto lutar! E é por ser professor nessa escola, há 20 anos, e é por ter muito orgulho no percurso de luta que ali fizemos e onde eu sempre fui e sou um METALÚRGICO desta luta (no dia 19, às 10h da manhã, antes de ir para a SIC, lá estive na escola com mais alguns colegas a preparar os cartazes do Sócrates e a finalizar toda a logística), que eu digo e repito: não tenho pachorra para aturar faltas de respeito de certos “FILOSÓFOS DA LUTA” que gostam muito de opinar e sobretudo, falar do que não sabem, faltando ao respeito a quem tem dado tudo o que tem a esta luta! RESPEITO MIGUEL, SÓ ISSO!

            E é exactamente por aquilo que acabei de dizer atrás que agradeço sinceramente estas tuas palavras, que passo a citar:

            “Mas quem me conhece sabe que nutro uma admiração profunda por aqueles que se batem pelas suas ideias, por aqueles que arriscam, pelos inconformados (a esmagadora maioria de professores anónimos que fazem a luta nas escolas).”

            Muito obrigado pela admiração profunda que tens por mim, eu sou precisamente, pelo factos atrás expostos, um desses professores, um “metalúrgico”, no melhor dos sentidos, que faz a luta nas escolas! E continuo lá, na escola, a fazê-la! Se assumi algum protagonismo mediático, foi apenas porque o envolvimento na APEDE assim o determinou, nunca imaginei, há um ano e meio atrás, que assim viesse a ser. Não quero rigorosamente mais nada para mim do que ajudar a resolver esta trapalhada toda e continuar a dar aulas que é aquilo que adoro e nunca deixei de fazer. Como muito bem disse um dos meus colegas dos movimentos, entrámos nesta luta como professores e é como professores que vamos sair dela. Por muito que alguns quisessem, à viva força, detectar agendas ocultas e interesses disfarçados. Não há! e isso dá-me força, precisamente, para não tolerar certos ataques rasteiros.

            Volto a insistir, para finalizar: quando falares de mim ou dos movimentos falas com respeito! Caso contrário, cá estarei! Mas sem qualquer dúvida ou tibieza! E não é uma ameaça, é uma declaração de intenção! Porque em tudo isto, tenho telhados de betão! E não sou nem quero ser herói de nada, apenas não admito faltas de respeito face ao meu esforço e empenho que vem cá de dentro e é totalmente honesto, descomprometido e genuíno (tal como o de muitos outros colegas, em tantas e tantas escolas, por esse país fora). Nesse esforço, nessa atitude genuína e sã, não tocas, não sujas, não enlameias, nem tu nem ninguém! Podes discordar à vontade das opções, das estratégias, das iniciativas, tudo muito bem, mas quanto a considerações desajustadas e injustas sobre o que passa dentro dos movimentos, aí tudo fia mais fino. Respeito é só o que exijo, nada de aplausos ou concordâncias, apenas respeito! Creio ter esse direito!

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            1. Valha-me Deus… 8) então notas nas minhas palavras um entorse de carácter porque forjo juízos de valor torpes e injustos sobre os movimentos? E mais, consideras uma FALTA DE RESPEITO escrever, ou dizer, ou pensar que os movimentos andam de candeias às avessas?

              Com todo o respeito que me merece um colega lutador e que fará parte daquele clube, cada vez mais restrito, dos que se batem pelas suas ideias, dos que arriscam, dos inconformados, não te deixes vencer pela esquizofrenia, caro Ricardo!

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              1. Ora aí está: escreves coisas que são mentira, não sabes bem do que falas, dás por adquiridas suposições sem factos que as sustentem, não perguntas nem procuras saber antes de afirmar, e acabas de confirmar que achas que os movimentos andam de candeias às avessas. Como já pude explicar-te mais acima, isso é totalmente falso.

                Recupero aqui parte do meu comentário:

                “Pelos vistos o autor do blogue nunca leu o “Compromisso Educação” para poder dizer que só nos entendemos na escolha de uma data para uma manifestação( …) provavelmente desconhece a quantidade de reuniões que fizemos e os acordos que nelas conseguimos, certamente ignora também o número de vezes que na AR apresentámos a uma voz as nossas exigências e reivindicações aos diversos grupos parlamentares”.

                Creio que isto, e são só alguns exemplos de tanto que temos feito e conseguido juntos, deita TOTALMENTE por terra a afirmação desrespeitosa e o juízo de valor torpe e injusto, sobre os movimentos, que ficou expressa na frase: “se o máximo consenso dos movimentos é o acerto de uma data para uma acção de luta”. Perante tal afirmação… não pude ficar calado e reagi. Nada de mais natural.

                E sobre a outra parte da tua frase: ”se os movimentos não foram capazes de constituir um único movimento” (dando a entender que este facto seria sinal de algo menos positivo ou falta de entendimento, o que é mais um erro crasso e um juízo de valor torpe e injusto)também já te tinha respondido logo no primeiro comentário e aqui agora reponho a minha resposta:

                “seguramente não sabe os motivos que levaram (e levam) a não ter havido uma fusão dos movimentos. A razão é simples e muito concordante entre nós: temos características diferentes e é a partir da nossa diversidade, que gostamos de manter, que potenciamos sinergias resultando daí, no nosso entender, uma maior dinamização e reforço da luta.”

                Depois disto, acabo por me perguntar a quem servirá o conselho final que me deixaste sobre os perigos da esquizofrenia.

                Ainda assim, porque entendo que de pouco adiantam estas discussões e polémicas, muito menos este ou aquele ataque mais pessoal entre colegas (já basta ter que aturar os adesivos), despeço-me com um abraço. Por mim, o assunto está esclarecido e encerrado! Mas ficava-te bem, ao menos, reconheceres que não escolheste as melhores palavras e que erraste na análise que fizeste sobre os movimentos, nos pontos que acima referi.

                P.S. Coloquei esta resposta, como comentário sem querer. Engano meu, podes apagar em cima, pois está fora do contexto!

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  2. O próximo passo é a construção de alternativas à trampa legislativa e regulada que vigora na educação. Se para essas alternativas é necessário o fim, a reconversão, a inclusão, a transformação ou até o desaparecimento puro e simples dos movimentos de professores. Que seja e siga, isto é, avancemos para o gizar de alternativas sob pena de, se não o pensarmos e fizermos já, após as eleições vamos levar com o que existe encima de nós, docentes, e depois vai ser um lamber de feridas onde até as lambidelas vão doer.
    Alternativa 1 que sugiro:
    Suspensão imediata do Simplex prolongado, criação de núcleos regionais que englobem sindicatos, movimentos, membros de associações de professores e que esbocem uma alternativa de avaliação dos professores.
    Será complicado isto?! Não sei se será, desde já me disponibilizo e aqui fica a minha proposta de alternativa a estas querelas sem consequência no e para o que nos aflige na educação.
    Se para a mobilização é necessária a intervenção e a máquina dos sindicatos, venha ela, usemo-la com redobrada vigilância e tripla eficiência.
    Já sei, já sei o que se está a pensar do que disse atrás: ” Olha-me este ingénuo…” pois… mas se continuarmos a dar ferroadas a nós próprios e não avançarmos em conjunto com alternativas, vai ser o bom e o bonito ou como soe dizer-se cá pelo norte, boa vai ela…

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