Do dever de honrar compromissos.

Para quem defende a escola [cultural], a aposta na educação como condição de felicidade e prosperidade sociais e pessoais não pode deixar de ser uma aposta no professor. Nesta lógica, é preciso dignificá-lo social e profissionalmente, remunerá-lo em conformidade com esse estatuto e promover a adequada formação contínua. Se é espectável que o Estado garanta todas as condições para elevar o estatuto sócio-profissional do professor, o que é exigível ao docente? Que ele cumpra com proficiência o conteúdo funcional e ocupacional e que zele pela sua auto-formação. Note-se que o cumprimento proficiente do conteúdo funcional é sempre balizado por uma matriz axiológica. Presume-se que a base funcional do desempenho docente resulta de uma “robusta” formação pessoal e social.

Será legítimo avaliar o conteúdo formacional – pessoal e social – de um professor pelo modo como ele honra, ou não, os compromissos por si assumidos, de forma livre e espontânea, a respeito da (não) entrega dos Objectivos Individuais?

4 thoughts on “Do dever de honrar compromissos.

  1. Miguel, não percebi a que te referes no que toca a não honrar compromissos. Aprovar a suspensão e ir entregar os OI? Ou aprovar num momento e já não voltar a aprovar noutro momento em que há factos novos? São coisas diferentes, por muito que achemos que os factos novos não alteram o essencial. Queres esclarecer? (Porque me custa a acreditar na primeira hipótese)

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  2. O Paulo G. dizia na 2ª feira, no RCP, que “A Crise propicia o Medo”. O meu medo, e após a reunião de ontem na minha esc, é que todos os motivos dêem para propiciar algo. Há alturas em que dá muito jeitinho o pessoal safar-se, tentando arranjar razões e disfarçando a pseudo-honra. 😦

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  3. Devo aclarar que a questão central não está no sentido da decisão. Apesar de considerar que a decisão política mais acertada, neste momento, é a não entrega do OI, respeito outras vias para a acção. A questão central tem que ver com o compromisso, ou quebra dele, inter-pares.

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