Avaliação do desempenho – como reduzir sem empobrecer?

Reduzir o todo a uma infinidade de partes é um exercício admirável se as partes observadas fora do todo não perderem coerência. Observar as diversas dimensões do ensino e aprendizagem fora dos contextos onde se geram, para catalogar procedimentos e posteriormente avaliar desempenhos, pode parecer um exercício sério e objectivo mas pode ser também um exercício exíguo de rigor, porque a reconstituição do acto educativo não abarca a lógica das emoções que lhe subjazem.
Onde está e quem define o referencial que baliza o estilo de ensino, as crenças e os valores dos professores, a assertividade nas relações,…?

Reclamamos um modelo de avaliação rigoroso e objectivo porque cremos que é possível reduzir sem empobrecer, mesmo que para atingir a objectividade sejamos obrigados a desviar o olhar do que importa para nos fixarmos nos instrumentos que julgamos captar a realidade.
Espero, no final desta luta cada vez mais política e menos pedagógica, que não nos deixemos derrotar pela doença que contaminou a função docente: a avaliatite.

Isto vem a propósito deste excelente exercício do Paulo Prudêncio.

1 thoughts on “Avaliação do desempenho – como reduzir sem empobrecer?

  1. A avaliação do desempenho profissional dos professores não é formalizada nos outros sistemas educativos da Europa simplesmente porque se prestaria sempre a tornar-se uma avaliação de base política/idiológica e não técnica/pedagógica. Nos sistemas que têm alguma formalização esta é excepcional e globalizante.

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