15 a 0?… E se parassem com a “campeonite”?!

A profissão docente é caracterizada pela heterogeneidade e complexidade distinguindo-se os seus elementos pela diversidade de percursos profissionais, pelas concepções diversas da profissão, pelos conflitos de carácter corporativo, pelo acesso assimétrico aos centros de informação, pelos diferentes níveis de cultura e formação. Esta diversidade é ocultada por uma espécie de solidariedade profissional que exige dos professores uma certa desculpabilização quando se trata de problemas que atingem genericamente o grupo (degradação das condições de trabalho, o insucesso escolar, a avaliação de desempenho docente, o ECD, etc.).
As atitudes de desconfiança e de reserva dos professores perante subgrupos específicos (grupos formais – sindicatos, grupos de docência,… – ou grupos informais – determinados grupos de poder “os mais antigos”, “os contratados”, “os titulares”,…) são típicas.

Não estranho a crispação que se gerou após a divulgação do “Memorando de Entendimento entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores”. Se fico apreensivo é pelo facto de constatar que a divisão interna tenha surpreendido alguém. É verdade! Voltamos a ser o que sempre fomos. Bastou uma brecha no cerco imposto pelo ME para revelarmos a nossa faceta divisionista.

Mas convém não exagerarmos no entusiasmo. Creio que é ainda muito cedo para animarmos a opinião pública com o espectáculo da autoflagelação. Ainda é muito cedo!

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