Morte à escola pública! Abram alas à privatização do ensino!

A ideia da criação de agrupamentos de escolas faz parte de um conjunto de políticas de direita (porque nenhum partido político de esquerda defenderia tal desacerto) que visam a degradação da qualidade do serviço público da educação para acelerar a privatização da educação. Não há melhor forma de criar um anátema sobre a escola pública do que empobrecer o serviço que ela presta à comunidade. Ora, prestando um serviço de fraca qualidade, a escola pública torna-se dispensável!

Há muito tempo que se sabe, e sabem os professores nas escolas situadas, que os agrupamentos de escolas criam grandes dificuldades de governança das suas lideranças (não obstante a existência de inúmeros mecanismos de controlo do trabalho docente e de frequentes medidas administrativas tendentes a promover o sucesso escolar artificial).

Há muito tempo que se percebeu que a criação de agrupamentos serviram (não exagero se disser que serviram em exclusivo) objetivos de discutível racionalidade económica, embora cuidadosamente camuflados por uma argumentação falaciosa de cariz pedagógico (quem não se lembra da retórica da articulação vertical e horizontal de projetos de escola?).

Porque existe uma agenda ideológica que quer emagrecer o Estado, ultrapassando pela direita a discussão sobre o que devem ser funções essenciais do Estado, o tamanho dos agrupamentos é relevante. Neste caso o tamanho conta na justa medida em que o nível de entropia aumenta com o tamanho da organização porque é acelerada a perceção de ineficácia do serviço prestado.

Abram alas à privatização do ensino!

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